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Conselhos de uma Tola

Os devaneios, sonhos, rotinas e alucinações de uma mulher comum que de comum não tem nada. Não será esta a melhor descrição para qualquer mulher... mas que sei eu... sou só uma tola...

Conselhos de uma Tola

Os devaneios, sonhos, rotinas e alucinações de uma mulher comum que de comum não tem nada. Não será esta a melhor descrição para qualquer mulher... mas que sei eu... sou só uma tola...

08.08.16

Não, eu não tenho que mudar...

Não, eu não tenho que mudar. Não, a vida não me tornou amarga, não me tornou mesquinha. O sofrimento fez-me crescer, amadurecer, compreender melhor o próximo e não o contrário. Não passei a odiar todos os que parecem mais felizes do que eu, não me tornei crítica e de mal com a vida com o mundo, não julgo com leviandade e sei que cada um tem o seu caminho e o seu tempo.

Sofri tanto como o próximo, o meu sofrimento não é maior nem menor do que o dos outros, porque o sofrimento não se compara, não é mensurável, cada um o sente à sua maneira e com a sua intensidade.

Não, eu não tenho que mudar. Sei que seria mais fácil para mim mudar, ser mais egoísta, mais dura, mas as dificuldades da vida só me fizeram ter mais compaixão, mais amor para dar, mais compreensão.

Não, não tenho que mudar. Eu sei que a minha paciência é grande demais, sei que o meu sentido de sacrifício é demasiado elevado, sei que sou muito tolerante e sinto o sofrimento dos outros com sendo meu. Sou criticada como sendo “palerma”, “burrinha”, “tem o que merece, porque o permite”. Mas ainda assim não, eu não tenho que mudar.

Eu não sigo o caminho mais fácil, não é fácil manter-me igual a mim própria quando todos me dizem para ser o contrário, não é covardia manter-me fiel a mim própria e aos meus princípios quando sou a principal prejudicada por ser como sou. Todavia, não, eu não tenho que mudar.

 

Sou o que sou, um ser humano diferente, difícil até e não, não espero que compreendam, mas não, não me peçam para mudar, porque NÃO, eu NÃO tenho que mudar…