O mundo onírico...
Olho o mar e imagino cavalos de espuma a cavalgar as ondas, os raios de sol são lanças de luz, o vento o poder das armas, cada grão de areia um soldado, cada rochedo um forte e o horizonte a vitória. Este é o meu exército, esta é a única guerra que consigo conceber.
O mal não pode vencer, a escuridão não pode imperar, fecho os olhos e sinto a luz dentro de mim fluir, iluminar os que sofrem, os fracos e oprimidos. Agarro-me ao peito forte da minha dúvida e suspiro… suspiro porque a minha luz não chega. A luz não chega para limpar todo o sofrimento que existe no mundo, para dar esperança a quem a perdeu, para secar as lágrimas dos que choram.
Mas nos meus sonhos eu corro com os cavalos das ondas, lanço lanças de luz e disparo ventos, batalho com os meus grãos de areia e afasto, escorraço os monstros deste mundo para a linha do horizonte, para o esquecimento, para a não existência…
Esta é única guerra que consigo conceber…