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Conselhos de uma Tola

Os devaneios, sonhos, rotinas e alucinações de uma mulher comum que de comum não tem nada. Não será esta a melhor descrição para qualquer mulher... mas que sei eu... sou só uma tola...

Conselhos de uma Tola

Os devaneios, sonhos, rotinas e alucinações de uma mulher comum que de comum não tem nada. Não será esta a melhor descrição para qualquer mulher... mas que sei eu... sou só uma tola...

12.02.14

Acordei...

Acordei… corria na floresta, de pés nus, alma despida, vulnerável, assustada e sozinha. O meu corpo brilhava com suor frio e almejava pelos raios de sol que trespassavam entre as árvores. A respiração ofegante, o coração descompassado, a visão turva de lágrimas salgadas. Rapidamente o sentimento de medo e impotência tomava conta do meu corpo, lentamente sentia-me paralisar e encolher.

Acordei… o aperto no peito, a dor que me atravessava, a perda e desalento que sentia foram atenuando. Caiu sobre mim a resignação de que há histórias que não devem ser contadas, palavras que não devem ser ditas, sentimentos que não devem ser partilhados. Percebi que por vezes temos que desistir antes de tentar por muito que o nosso coração nos apele e empurre.  

Acordei… já não corro na floresta despida, caminho levemente por entre as folhagens procurando os raios de sol que passam no meu caminho, procuro sentir o perfume do orvalho e das flores, sentir na pele a frescura da natureza. Busco um caminho que não conheço, não sei onde está, mas mantenho acesa a esperança de o encontrar. Tento substituir as lágrimas pelo sorriso fácil, tento manter-me leve e ágil, sem medo e sem paralisar. Peço diariamente ao meu coração para sossegar e a respiração acalmar.

Acordei… a floresta já não parece tão assustadora, a escuridão não é tão grande nem os raios de sol tão brilhantes. O medo vai-me abandonando a pouco e pouco, as sombras ainda me fazem encolher, a solidão ainda me lembra um sonho perdido, mas o acordar tem o seu ritmo e afinal… sou apenas humana e crescer é difícil…

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